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Colibri serrirostris

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaBeija-flor-de-orelha-violeta

Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Género: Colibri_(género)
Espécie: C. serrirostris
Nome binomial
Colibri serrirostris
(Vieillot, 1816)
Distribuição geográfica

O beija-flor-de-orelha-violeta também conhecido como beija-flor-do-canto, colibri-de-canto e beija-flor-cantador é uma espécie de ave da família Trochilidae de nome científico Colibri serrirostris do espanhol colibri= beija-flor; e do latim serra= serra, serrilhado; e rostris= bico,beija-flor do bico serrilhado.[1] Possui estatura média de 15 cm. É caracterizada por sua coloração esverdeada com tons de azul no peitoral e uma mancha arredondada de coloração violeta próxima aos olhos, característica responsável pela origem de seu nome popular. Todavia, essa mancha violeta é característica exclusiva para machos. As fêmeas, por sua vez, apresentam coloração mais verde esbranquiçada, menos vistosa e menor que o macho apresentando cerca de 12 cm de envergadura.[2] Alimentam-se do néctar de flores e pequenos artrópodes. Devido ao seus hábitos alimentares está entre os animais responsáveis pela polinização de até 15% das espécies de plantas das comunidades da Região neotropical.[3]

A espécie é encontrada nas regiões do Piauí, Bahia e Espírito Santo (para o Oeste de Goiás e Mato Grosso). Assim como, na Região sul do país (Rio Grande do Sul).[4] Coabita regiões de Mata Atlântica,Cerrado e Mata de Araucárias, o beija-flor-de-orelha-violeta sofreu forte impacto populacional devido ao desmatamento maciço dessas áreas para fins, sobretudo agrários.[5] Devido ao desmatamento, atualmente, está sinalizado no estado de conservação de vulnerabilidade. Também é avistado na Bolívia e Argentina.

Características

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A ave possui duas protuberâncias de penas da cor violeta, uma em cada lado da cabeça ( daí o nome popular).[6] O macho possui cerca de 15 (quinze) centímetros, é esverdeado com tons de azul Navy no peito, nas extremidades das asas e na cabeça é possível notar também uma mancha azulada abaixo dos olhos, dando o encontro com a orelha violeta. Abaixo do peito, perto da cauda, o verde se torna esbranquiçado e vai clareando até se tornar branco puro, então liga-se com a cauda, que é longa, de um tom preto esverdeado, a mesma tonalidade das asas. Por outro lado, a Fêmea tem uma coloração verde assim como o macho porém não tão acentuada, sendo mais próxima do branco, além disso, ela não possuí as "orelhas violetas", e sua envergadura não costuma ultrapassar 12 (doze) centímetros[6]. Quando filhote, apresentam plumagem da cor marrom com tons de verde que com o passar do tempo começa a tornar-se predominante, até quando se torna jovem e esverdeado, e no caso do macho o aparecimento das penas violeta na lateral da cabeça e o verde no caso da fêmea a cor branca predominante sobre o tom do verde das penas que revestem todo seu corpo. Alimentam-se do néctar de flores e pequenos artrópodes.[7] Devido ao seus hábitos alimentares está entre os animais responsáveis pela polinização de até 15% das espécies de plantas das comunidades da Região neotropical.[3]

Distribuição

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De distribuição vasta, a espécie desse animal pode ser encontrada comumente em diversos lugares do Brasil, alguns destes são descritos a seguir: Piauí, Bahia e Espírito Santo (para o Oeste de Goiás e Mato Grosso). Daí, em direção ao Sul (leia-se Rio Grande do Sul); também é avistado na Bolívia e Argentina[6]. Devido ao desmatamento maciço dessas áreas para fins, sobretudo agrários notou-se grandes impactos no que se refere a diminuição populacional da espécie em questão . [8]

Estado de conservação

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Devido ao desmatamento, atualmente está sinalizado no estado de conservação de vulnerabilidade.

Alimentação

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O beija-flor-de-orelha-violeta alimenta-se do néctar da grande diversidade de flores existentes[9], esse néctar é bebido durante o voo de libração. É válido lembrar ainda que, essas aves complementam sua alimentação com pequenos artrópodes como por exemplo: aranhas e formigas.[9][10][11]

No período de acasalamento dessa espécie, o macho para librando diante da fêmea que encontra-se pousada, eriçando os tufos arroxeados para a frente e para cima. A fêmea monta o seu ninho apoiado em porções de alguma estrutura vegetal (como um ramo bifurcado em formato de "y", popularmente conhecido conhecido por "forquilhas[11]" ). Para o processo de montagem do ninho ela utiliza pequenos gravetos, papéis encontrados no chão e teias de aranha. A partir daí ela enrola tudo formando uma “cestinha” perfeitamente redonda que servirá de suporte para em média 1 ou 2 ovos[12] muito brancos que serão postos ( esses ovos .podem apresentar algum tipo de variação na cor, devido ao contato com líquens que interagem com o material do ninho), A partir daí, a fêmea fica no ninho quase o tempo todo, só saindo raramente nos horários quentes do dia para se alimentar, pois geralmente o macho já lhe traz a comida, tendo em vista, que caso ela saia  numa hora do dia extremamente fria, os embriões correm grande risco de morte.[12] Quando os ovos começam a eclodir, a fêmea percebe , mas, se recusa a sair do ninho, e mesmo sendo forçada a sair continua nele e, só sai quando o perigo é grande demais, porém só depois de ter plena convicção de que não há mais condição de permanecer no ninho.

Essa ave vive em bordas de floresta, capoeiras, cerrados, campos, cidades, parques e jardins. Habita os cerrados no período de chuvas e com a chegada da seca passa a frequentar a borda das matas ciliares.[6][8] Nesse período destaca-se pelo canto frequente, durante todo o dia, desde o nascer até o por do sol. É um chamado muito alto, curto e bastante agudo, composto por quatro notas, repetidas de forma contínua. [13]No outono migra localmente das regiões mais altas para os vales. É bastante territorial, defendendo agressivamente suas flores.[13]

Biologia e comportamento social

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Essa ave é bastante ativa e costuma visitar as mesmas plantas todos os dias.[14] Ao dormir, a temperatura corporal da mesma abaixa para cerca de 24° C e desta forma poupa energia com a finalidade de utiliza-lá durante o voo. Nesse momento é gasto grande quantidade do que foi poupado, devido à rápida movimentação das asas que permitem estabilidade corporal para um bom desempenho na realização de outras ações enquanto voa.[14]

  • É frequentemente um dos beija-flores mais comuns do Brasil.[15]
  • Esses animais também são chamados de zununes[16] por causa do zumbido característico que suas asas fazem enquanto voam. Seu movimento para cima e para baixo tem uma ordem aproximada de 70 vezes por segundo.
  • Seu aspecto pequeno e sua alta velocidade de voo tornam-lhe o único pássaro com a capacidade de planejar/planar em seu voo (como acontece no período de acasalamento[15]). Eles são considerados os menores pássaros do mundo[16]. Sua origem é na América Central, mas é possível encontrá-lo em mais áreas do mundo.
  • são capazes de visitar mais de 1000 flores em um único dia para procurar comida. Eles podem comer até 60 vezes por dia para repor a grande quantidade de energia que usam no voo.[16]
  • A língua dessa ave têm um formato em "W" para colaborar na "drenagem" do néctar, de modo que seus longos bicos facilitam a obtenção da profundidade das flores.[16]
Adult male

Referências

  1. «beija-flor-de-orelha-violeta (Colibri serrirostris) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 9 de janeiro de 2020 
  2. Sigrist, Tomas (2015). Aves do Brasil - uma Visão Artística. São Paulo: Aves brasilis 
  3. a b Machado, Caio Graco (6 de junho de 2009). «Beija-flores (Aves: Trochilidae) e seus recursos florais em uma área de caatinga da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil». Zoologia (Curitiba). 26 (2): 255–265. ISSN 1984-4689. doi:10.1590/s1984-46702009000200008. Consultado em 9 de janeiro de 2020 
  4. Machado, Caio Graco (2009). «Hummingbirds (Aves: Trochilidae) and their floral resources in an area of caatinga vegetation in the Chapada Diamantina, Bahia State, Northeast Brazil». Zoologia (Curitiba) (em inglês). 26 (2): 255–265. ISSN 1984-4670. doi:10.1590/S1984-46702009000200008 
  5. Pavan, C. (28 de agosto de 1973). «Especies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção (Species of Brazilian Fauna Threatened with Extinction)». Copeia. 1973 (3). 630 páginas. ISSN 0045-8511. doi:10.2307/1443146 
  6. a b c d «Beija-flor-de-orelha-violeta». Fauna. 14 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2020 
  7. «Welcome | Neotropical Birds Online». neotropical.birds.cornell.edu (em inglês). Consultado em 10 de junho de 2018 
  8. a b Machado, Caio Graco (2009). «Hummingbirds (Aves: Trochilidae) and their floral resources in an area of caatinga vegetation in the Chapada Diamantina, Bahia State, Northeast Brazil». Zoologia (Curitiba) (em inglês). 26 (2): 255–265. ISSN 1984-4670. doi:10.1590/S1984-46702009000200008 
  9. a b «Beija-flor-de-orelha-violeta». Fauna. 14 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2020 
  10. «beija-flor-de-orelha-violeta (Colibri serrirostris) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 7 de janeiro de 2020 
  11. a b unesp, unesp (15 de maio de 2016). «beija flores». universidade estadual de são paulo. Consultado em 8 de janeiro de 2020 
  12. a b «beija-flor-de-orelha-violeta (Colibri serrirostris) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 7 de janeiro de 2020 
  13. a b «beija-flor-de-orelha-violeta (Colibri serrirostris) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 7 de janeiro de 2020 
  14. a b «Beija-flor-de-orelha-violeta». Fauna. 14 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2020 
  15. a b «beija-flor-de-orelha-violeta (Colibri serrirostris) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 7 de janeiro de 2020 
  16. a b c d Freitas, Paulo Naylan Chaves. «Curiosidades sobre o Beija-Flor». Site de Curiosidades. Consultado em 9 de janeiro de 2020 
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